BAÍA DE CÁCERES DEVE SECAR PELA PRIMEIRA VEZ EM SETEMBRO DESTE ANO
em 10/06/2021 as 07:40
Com aproximação do período em que não são registradas chuvas e as temperaturas sobem, o nível do Rio Paraguai, na região de Cáceres, 220 km de Cuiabá, está abaixo do recomendado. Nesta quarta-feira (9), segundo a Agência Fluvial, o nível é de 1,05m. O ideal é de aproximadamente 3 metros.
O rio é o principal indicador das condições de inundação do Pantanal e atravessa a planície entre Cáceres e Porto Murtinho (MS), nas fronteiras com Bolívia e Paraguai. Seu monitoramento é fundamental para se ter dimensão das queimadas durante a seca e assim, trabalhar para impedi-las. Ano passado, aproximadamente cerca de 30% do bioma foi consumido pelo fogo.
Conforme a ONG Ecologia e Ação (Ecoa), a quantidade de chuva em suas cabeceiras e de seus principais afluentes determinam a área que será inundada a cada ano. Se há maior inundação, há maior área com água, e, logo, barreiras para o fogo vindo das fazendas.
Conforme boletins da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA), operada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e demais parceiros, o nível d’ água do rio Paraguai registrado na estação fluviométrica de Cáceres continua situando-se nos menores valores mínimos já observados para esse período do ano, considerando toda sua série histórica de dados.
E pela primeira vez na história, a Baía de Cáceres, que passa em frente o Cais da Praça Barão do Rio Branco poderá secar em setembro, pico da estiagem.
Por Fabiana Mendes
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