A partir desta terça-feira, 31, somente casos de flagrante serão atendidos pela Polícia Civil em Mato Grosso.  Contrários a proposta apresentada para o pagamento do Reajuste Geral Anual de 5% (em parcelas para setembro e  janeiro de 2017),  os três sindicatos que representam os delegados, escrivães e investigadores deliberaram pela suspensão das atividades.

"Greve é direito e exercê-la com responsabilidade é nosso dever", defendem os Sindicatos dos Delegados de Polícia Civil (Sindepo),  o Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso (Siagespoc) e Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso (Sindepojuc).

 Somente os serviços essenciais serão mantidos, o que representa 30% das categorias.  Não haverá atendimento ao público nas unidades policiais durante o período de paralisação.
 
Por meio de nota, assinada pelos representantes dos Sindicatos, foi definido que haverá concentração para atos de mobilização. As viaturas policiais deverão ser recolhidas nos pátios das respectivas unidades, mantendo a utilização do necessário para a manutenção apenas do percentual determinado para garantir serviços essenciais. 

Ainda segundo documento assinado pelas categorias, o registro de ocorrências deverá se limitar aos casos essenciais e urgentes, assim entendidos os relativos a roubo e furtos de veículos, crimes de violência doméstica, crimes hediondos e outros correlatos.Ainda segundo a deliberação, somente serão atendidos locais de crime envolvendo mortes.

Por causa da greve  somente será dado andamento às operações de inteligência implantadas, não sendo executada nem finalizada nenhuma nova operação durante o período.

Nesta terça-feira, 31, o Fórum Sindical - que 32 entidades, sindicatos e associações, recusou a proposta do Governo do Estado. Sem um acordo, as categorias deliberaram por uma greve geral em Mato Grosso a partir de hoje. A exigência é quanto ao pagamento em 2016 de 11,28% relativos a  perdas inflacionárias registradas no ano passado.
 
Após o anúncio quanto a impossibilidade financeira de arcar com o pagamento, mediante o risco de atraso salarial, inúmeros protestos foram realizados pelo  Estado, além da promoção de intensa mobilização junto à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) para apresentação de propostas para equação do caso.

Fonte:olhardireto