Apenas nos primeiros 15 dias do mês de abril, o mais letal desde o início da pandemia do novo coronavírus, 1.191 pessoas já perderam a vida em decorrência da doença, seja diretamente pela ação do vírus no organismo ou pelas sequelas deixadas após a cura da covid, quando o paciente já não tem mais o vírus no corpo, mas contraiu outras patologias durante o tratamento.

As sequelas, geralmente, acometem pacientes que tiveram quadro clínico grave da doença, que foram internados em Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) e tiveram um tratamento mais agressivo, quando mesmo após receber a notícia da cura da covid, a vítima ainda pode ter que tratar um ‘dano’ deixado nos rins, pulmões, coração ou cérebro, que são os órgãos mais afetados.

A primeira morte por covid em Mato Grosso foi registrada no dia 3 de abril de 2020, em Lucas do Rio Verde e a vítima foi identificada como Luiz Nunes da Silva, 54 anos, que tinha sofria de diabetes e hipertensão.

No mesmo mês o estado registrou mais 10 mortes. A curva de óbitos teve o pico da primeira onda no mês de julho, com 1.252 vítimas fatais.

A partir de agosto, 981 mortes pela doença, o número foi caindo significativamente mês a mês e o ano virou com dezembro registrando 305 óbitos.

No entanto, em janeiro de 2021, o número de vítimas fatais mais do que dobrou e o primeiro mês do ano fechou com 636 mortes decorrentes do novo coronavírus.

Fevereiro não variou muito do mês anterior e registrou 24 óbitos a mais.

Porém, a partir de março o número de mortes em Mato Grosso explodiu com 1940 cidadãos perdendo a vida para o coronavírus, média de, aproximadamente, 63 óbitos por dia.

Abril, até o momento, registra, aproximadamente, média de 79 mortes por dia. Se levarmos esse número em consideração para todo o mês, 2.370 mato-grossenses podem perder a vida.

Não faça parte das estatísticas

Já existem vacinas para combater o coronavírus, no entanto, ainda não estão disponíveis para a imunização em massa e até o momento poucos grupos prioritários foram vacinados.

De tal forma, o vírus está circulando com diversas variações causadas por mutação, o que tem contribuído para o alto número de mortes e novos infectados.

Para se proteger e não entrar para as estatísticas as medidas de biossegurança ainda são essenciais para evitar a contaminação.

O Ministério da Saúde orienta os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo vírus. Entre as medidas estão:

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;

- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;

- Evitar contato próximo com pessoas doentes;

- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;

- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

RepórterMT