MANCHANDO A FARDA - Um policial militar lotado no Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário pode ser o líder de uma quadrilha especializada de roubos de veículos, em Cuiabá. O militar, além de chefiar o bando, ainda fornecia arma de fogo para os bandidos praticarem o assalto. O caso veio à tona com a prisão de três assaltantes na tarde desta terça-feira, 6, na Capital. Um deles denunciou o militar, já identificado e qualificado.

A DENÚNCIA - A denúncia partido o assaltante Bruno Moreira de Magalhães Cavalcante, de 20 anos, um dos integrantes do bando, que pode ter outros integrantes além dos três presos por policiais da Ronda Ostensiva Tético Móvel (Rotam) depois do roubo de um veículo modelo Ford EcoSport branco, tomado de assalto de uma empresária.

Além de Bruno, que mostrou o WhatsApp onde consta uma conversa com o policial militar, a Rotam ainda prendeu em flagrante os assaltantes Weverton de Almeida Rodrigues, de 23 anos, e um garoto de apenas 15 anos de idade.

O ASSALTO - O bando assaltou por volta das 15 horas da tarde na tarde desta terça-feira no Jardim Imperial, região do Coxipó, em Cuiabá, de uma empresária, que além do carro, um EcoSport, os bandidos ainda roubaram um aparelho smartphone e outros objetos da empresária que estavam dentro do carro.

A Polícia Militar foi acionada, e iniciou as buscas pelo carro e para tentar prende os assaltantes, que fugiram do local em um veículo Chevrolet Classic. Logo em seguida os PMs descobriram que o carro da vítima estava parado no estacionamento do Supermercado Comper do Jardim Itália.

Agindo rápido e com muita inteligências, os policiais da Rotam, descobriram através do circuito interno de filmagem do supermercado, a placa do carro que estava acompanhando os assaltantes que deixaram o carro no estacionamento do Comper.

E pela placa do carro, os bandidos chegaram à caso do primeiro assaltante, era Bruno Moreira, que inclusive dirigia o veículo. Descoberto, o bandido entrou os outros comparsas: o garoto de 15 anos e Weverton de Almeida.

Nas buscas, os policiais da Rotam ainda apreenderam uma moto, porções de maconha, as chaves de outros veículos e o smartphone da empresária. Apreensões que materializaram os crimes de roubo, receptação de roubo e formação de quadrilha.

Em depoimento na Central de Flagrantes, Bruno abriu a boca. Disse que o chefe da quadrilha era o policial militar D.A.C., - a Polícia já tem o nome completo do policial acusado e todas as suas qualificações – lotado no Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário.

Para comprovar as denúncias graves e sérias contra o policial militar, Bruno ainda mostrou à Polícia, uma mensagem gravado no WhatsApp de uma conversa ele ele e o policial militar.

Na conversa, segundo Bruno, fato confirmado pela Polícia, o soldado passa todas as instruções para a realização do roubo e ainda disponibiliza a arma para o bando usar para assaltar a empresária.

A cópia do flagrante com a acusação do envolvimento do policial militar, apontado como "chefe" da quadrilha, será enviado na manhã desta quarta-feira, 7, para a Corregedoria Geral da Polícia Militar, que também vai acompanhar o caso que pode resultar na expulsão do militar acusado.

COMO AGIA O BANDO - A Polícia não descarta a hipótese do bando trabalhar por encomenda. Os bandidos em um carro se aproximam da vítima e anunciam o assalto. Dois descem, entram no carro da vítima e deixam o local em alta velocidade, seguido pelo carro que dá apoio ao bando.

Os bandidos vão até um estacionamento de veículos, de preferências em grandes supermercados e param o carro roubado como se fossem fazer compras. Os dois descem e voltam a entrar no carro que dá suporte ao bando, deixando o carro roubado no estacionamento.

O carro fica no estacionamento por algum tempo, possivelmente sendo vigiado por outro assaltante encarregado de dar sinal ao chefe quando o local está livre da Polícia. Ai o carro roubado segue para outro local, possivelmente para ser entregue para quem o encomendou.

Fonte:24horasnews