As 24 mil doses da vacina Astrazeneza, de Oxford, já estão sendo distribuídas aos municípios e será aplicada unicamente nos servidores da saúde. Essas doses, somadas às vacinas Coronavac já recebidos pelo estado totalizam 29% dos funcionários da saúde imunizados com a primeira dose. Além dos dados de distribuição, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, informou que mais 11 mil vacinas da desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac devem chegar nesta segunda-feira (25) em Mato Grosso.

Em entrevista à Radio Vila Real, nesta segunda-feira, o secretário informou que é preciso priorizar os servidores que estão dentro do grupo prioritário. Primeiro devem ser vacinados aqueles que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e depois os que estão nas distantes dos pacientes graves.

“Devemos receber hoje mais 11 mil doses da Coronavac, que deve cobrir os servidores da saúde. As duas vacinas são seguras, têm eficácia assegurada. Durante testes, quem tomou Coronavac não ficou em estado grave. Não usou leitos de hospital. Não vai poder escolher, vai tomar aquela que estiver disponível”, explicou o secretário.

Figueiredo informou que é normal que começo de campanha haja algumas dificuldades, no entanto os servidores da atenção básica já estão treinados e acostumados com outras vacinas e acredita que não haverá grandes problemas.

As 24 mil doses são referente à primeira dose e a segunda deve chegar em até 90 dias, pois esta é a janela de espera para a vacina de Oxford. A Coronavac tem intervalo mais curto, de 14 a 28 dias para que tenha a eficácia esperada.

O secretário afirma que será o último a se vacinar do grupo prioritário. Ele justifica que se enquadra na prioridade, mas que vai dar o exemplo e esperar com calam sua vez, até porque ele acaba de se recuperar da doença e tem anticorpos para o novo coronavírus.

“Esporadicamente vou ao hospital. Eu poderia até me enquadrar na prioridade, mas tive doente recentemente e tenho anticorpos. Serei o último a vacinar entre os grupos prioritários. Estamos fazendo esforços, a priorização é do mais prioritário até o menos prioritário”, destaca.

Denúncia de “fura-fila”

O gestor afirma que ainda não recebeu denúncia oficial sobre pessoas que estão desrespeitando o cronograma de vacinação, mas ouviu nas redes sociais e pede que a comunidade denuncie na ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Também lembra que é dever dos gestores fiscalizarem e investigarem tais situações.

“Não recebi oficialmente, mas cabe a todos ajudar na fiscalização. Existe a ouvidoria para isso. Cabe a população e aos gestores fiscalizar. A luz de fatos ocorridos abrir uma investigação para apurar o fato ocorrido. Dentro dos grupos prioritários é preciso fazer uma priorização. Aquele que está mais perto do doente, nas UTI’s e assim mais por diante até mais distante”, esclarece.

Gazeta Digital